Suspeita de envenenar bolo em Torres teria utilizado celular para pesquisar sobre arsênio

Suspeita de envenenar bolo em Torres teria utilizado celular para pesquisar sobre arsênio

Foto: Polícia Civil / Divulgação

Deise Moura dos Anjos, presa por suspeita de envenenar o bolo que levou três pessoas à morte em Torres, fez pesquisas na internet sobre arsênio. As buscas foram comprovadas através de dados extraídos do celular dela. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pela Polícia Civil.

De acordo com a apuração policial, as pesquisas teriam ocorrido nos dias que precederam o caso. A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico da mulher.

Ainda segundo a PC, a investigada teria envenenado a farinha utilizada na sobremesa. O resultado da perícia apontou que quantidade de arsênio no produto era de 65 gramas por quilograma, cerca de 2,7 mil vezes maior do que a concentração da substância encontrada no bolo. O químico é a base do veneno arsênico.

A farinha foi encontrado em Arroio do Sal, na semana passada durante buscas na casa de Zeli dos Anjos, a mulher que fez o doce. Os investigadores agora tentam determinar como e há quanto tempo o item estava ali.

Deise é nora de Zeli. A motivação do crime seria uma desavença entre as duas, ocorrida há 20 anos, supostamente por motivos banais. Além disso, ela também é suspeita de ter provocado o óbito do sogro, em setembro.

À época, a causa da morte do homem foi dada como intoxicação alimentar. O corpo dele será exumado nos próximos dias para exames periciais.

Presa temporariamente, a suspeita vai responder por triplo homicídio duplamente qualificado e uma tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Ela está recolhida no Presídio Estadual Feminino de Torres.

Leia a nota da defesa da investigada

Deise Moura dos Anjos, presa temporariamente por suposto envenenamento no caso do bolo, na cidade litorânea de Torres/RS, vem a público manifestar que possui defesa constituída, representada pelos advogados Manuela Almeida, Vinícius Boniatti e Gabriela S. Souza.

Até o presente momento, 06 de Janeiro, às 07hrs, a defesa prestou atendimento em parlatório à cliente, contudo, não teve acesso integral a investigação em andamento, razão pela qual se manifestará em momento oportuno.