O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou, em novembro, 103 pontos, mantendo estabilidade em relação a outubro, porém, recuando 7,2%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O nível alcançado pelo INC se mantém estável desde setembro, permanecendo no campo otimista (acima de 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, em nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
Em termos regionais, os resultados foramTodos os posts heterogêneos, com queda da confiança no Nordeste, aumento para as regiões Centro-Oeste e Norte e estabilidade no Sul e no Sudeste. Em termos de classes socioeconômicas, os resultados também foram heterogêneos, com elevação moderada do índice para as classes AB e estabilidade para as famílias pertencentes às classes C e DE.
A percepção das famílias em relação à sua situação financeira atual mostrou estabilidade, com segurança no emprego também mantendo estabilidade, enquanto as expectativas futuras mostraram-se relativamente mais favoráveis.
ESTABILIDADE
Essa melhora da confiança em relação à situação futura resultou em aumento da disposição a comprar itens de maior valor, tais como carro e casa, em elevação da intenção de adquirir bens duráveis, como, por exemplo, geladeira e fogão, e na maior propensão a investir.
Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, “essa estabilidade mensal pode ser resultado de dois efeitos opostos. Por um lado, os aumentos observados no emprego e na renda tendem a impactar positivamente a confiança dos consumidores. Por outro, a deterioração do poder aquisitivo das famílias, provocada pela aceleração da inflação — especialmente os aumentos nos preços de itens essenciais, como alimentos e bebidas — faz com que o consumidor se torne mais cauteloso nas suas compras”, completa Ruiz de Gamboa.