Governador Leite afirma que crise prisional e verba de fundo são prioridades no RS após a missão à Ásia

Apesar da promessa em nível nacional de R$ 6,5 bilhões em recursos, o clima no governo gaúcho é de preocupação e insegurança

Ainda sob o impacto das diferenças de fuso, o governador Eduardo Leite não terá tempo para se readequar | Foto: Mauricio Tonetto / Palácio Piratini / CP

A comitiva do governo gaúcho encerrou a missão que envolveu agendas na China e no Japão e já está a caminho de casa. A previsão é de chegada nesta quinta-feira. Ainda sob o impacto das diferenças de fuso, o governador Eduardo Leite (PSDB) não terá tempo para se readequar.

Ele chegará ao Rio Grande do Sul em meio à crise deflagrada pela execução de um líder de facção, por arma de fogo, dentro da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan 3), que levou o Executivo a agir rapidamente, com o afastamento de servidores, entre eles, do diretor da instituição.

Outra pauta classificada como prioritária pelo próprio Leite, segundo a jornalista Mauren Xavier, do Correio do Povo, que integra a comitiva, é a liberação de recursos da União, no orçamento de 2025, visando obras de reconstrução no Rio Grande do Sul, como as dos diques de contenção.

O governador demonstrou preocupação com a proximidade do fim do Estado de Calamidade, em 31 de dezembro. Há ainda temor em relação aos cortes de gastos que serão promovidos pelo governo federal e dúvidas sobre as áreas que efetivamente serão atingidas.

O presidente Lula assinou no dia 17 de setembro, em Brasília, com a presença de Leite, um acordo de cooperação para reconstrução do Rio Grande do Sul. A parceria envolve a destinação de R$ 6,5 bilhões, pela União, para obras, especialmente de contenção de cheias, em território gaúcho.

A execução, de acordo com o negociado, ficará sob responsabilidade do governo do Estado, com governança compartilhada. Entre as obras estão os diques em Eldorado do Sul e do Arroio Feijó, que envolvem Alvorada e Porto Alegre.

Os recursos seriam blindados no orçamento da União para o ano que vem, justamente para viabilizar sua utilização após o fim da vigência da calamidade. Apesar das promessas em nível nacional, o clima no governo gaúcho é de preocupação e insegurança.