A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) por calúnia e injúria após o parlamentar criticar a atuação do delegado do órgão Fábio Alvarez Shor. Na ocasião, ele chamou Shor de “covarde” e de “bandido” na tribuna da Câmara dos Deputados.
“Fui indiciado pela polícia do Lula por denunciar, da tribuna da Câmara, justamente um delegado dessa mesma polícia federal. Até onde irão esses abusos contra tudo o que diz a Lei e a Constituição do Brasil? Eu não vou me dobrar”, escreveu o parlamentar no X/antigo Twitter na segunda-feira (25).
Em 14 de agosto, ele afirmou que o delegado “cria, sim, relatórios fraudulentos para, por exemplo, manter preso Filipe Martins (ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro) ilegalmente e sem fundamentação”.
Em fevereiro deste ano, Martins foi preso na operação Tempus Veritatis, da PF. O ex-assessor é suspeito de participar de um plano para tentar dar um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Na representação policial que culminou com autorização do STF para prender Filipe, no começo do ano, a PF afirmou que o ex-assessor burlou o sistema migratório e não “realizou o procedimento de saída com o passaporte em território nacional”.
Apesar disso, o passaporte dele continha registro de entrada nos Estados Unidos. Os registros constam no controle migratório norte-americano.
Ontem, o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou o indiciamento ao deputado, destacando que a ação se trata de “um ataque ao Parlamento”.
Ainda nas redes sociais, Van Hattem destacou que o indiciamento dará “mais força” para ele. “Se achavam que esse indiciamento vai me parar, se enganaram demais: só me dá mais força contra todas as injustiças neste país cometidas por Lula, por sua “polícia” e pelo STF”, continuou o deputado nas redes sociais.