Suspeito de matar líder de facção é transferido à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas

Conhecido como Sapo, detento teria executado Nego Jackson no interior de penitenciária em Canoas

Sapo está em isolamento na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas | Foto: Sue Gotardo / SJSPS / Especial / CP

O suspeito de matar um líder de facção na Penitenciária Estadual de Canoas 3 (Pecan 3) foi transferido. Conhecido como Sapo, o homem de 36 anos teria efetuado disparos contra Nego Jackson, 41 anos, na triagem da unidade, no sábado. Ele também seria chefe de um grupo criminoso, porém rival ao da vítima.

Sapo agora está na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). A transferência ocorreu no domingo, após o indiciamento em flagrante por homicídio. Ele deverá passar no mínimo 10 dias em isolamento preventivo na triagem do estabelecimento. Além dele, outro detento da Pecan 3, que estava na mesma cela, também foi enviado à Pasc.

Sapo é um dos mais antigos membros da facção oriunda do bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, atuando no grupo desde 2007. Ele responde por ao menos nove homicídios, além de tráfico de drogas, associação ao tráfico, organização criminosa, entre outros delitos.

O criminoso começou a cumprir pena em regime fechado na Penitenciária Estadual do Jacuí, em 2012. Após uma passagem pela Pasc, em outubro de 2013, recebeu benefício de prisão domiciliar. Foi preso novamente em maio de 2014.

Sapo permaneceu no antigo Presídio Central até setembro de 2022, quando foi transferido ao Sistema Penitenciário Federal. Ele retornou a solo gaúcho no início do ano seguinte, sendo enviado mais uma vez para a Pasc.

O envio de Sapo para a Pecan 3 foi uma tentativa de impedir a comunicação dele com outros comparsas. Isso porque há bloqueadores de sinal telefônico no complexo prisional de Canoas.

De acordo com a Brigada Militar, no sábado, Sapo disparou pelo menos sete vezes contra Nego Jackson. Ele teria inserido o cano da arma na portinhola da cela para efetuar o ataque. A suspeita é que a arma tenha sido enviada através de um drone.