Novo sistema de alerta da Defesa Civil será emitido sem cadastro prévio

Um teste, em 36 municípios gaúchos, será realizado no dia 30 de novembro

Foto: Defesa Civil / Divulgação

A partir de 4 de dezembro o Rio Grande do Sul terá um novo sistema de envio de alertas via cell broadcast. Essa tecnologia é voltada, exclusivamente, para alertas de eventos extremos e severos, complementando os métodos já existentes, como mensagens SMS, que são enviadas pela Defesa Civil do RS.

O diferencial do sistema é que ele não exige cadastro prévio. Qualquer pessoa com um celular em uma área de risco – incluindo visitantes e estrangeiros – receberá um alerta sonoro e visual no aparelho, que interromperá qualquer atividade no dispositivo até que o aviso seja lido. O objetivo é orientar a população a adotar medidas imediatas de autoproteção, como buscar áreas seguras e seguir as orientações locais.

A tenente Sabrina Ribas, da Defesa Civil do RS, explica que os alertas serão emitidos pelo Centro de Operações de Proteção e Defesa Civil, considerando critérios como confiabilidade e probabilidade do evento, e serão usados como último recurso em situações iminentes, com avisos podendo ser enviados de 10 minutos a uma hora antes do desastre. Sabrina também ressalta a importância da população estar em contato com as prefeituras e coordenadorias municipais para receber orientação sobre as medidas imediatas de autoproteção e de como buscar áreas seguras.

A implantação do sistema é coordenada pela Defesa Civil Nacional e pela Agência Nacional de Telecomunicações Anatel e executada prestadoras de telefonia móvel. Armin Braum, da Defesa Civil Nacional, explica que inicialmente esse sistema será implementado no Sul e Sudeste do Brasil. E que no próximo sábado será realizado uma teste em 36 municípios do Rio Grande do Sul. Regiões escolhidas pela vulnerabilidade a desastres.

Braum revelou que a experiência com eventos climáticos ocorridos no RS ajudou a aprimorar o sistema. E que a ferramenta deve ser expandida para o restante do país a partir de 2025.

“É muito importante que a população tenha um senso de preparação para desastres. Tanto da questão da prevenção, com ações que as próprias pessoas podem tomar, e de ter a consciência de que o risco existe. É importante que a população desenvolva essa percepção do risco do desastre”, considerou.