Com foco permanente nas operações sustentáveis, a Wilson Sons, uma das principais operadoras de logística portuária e marítima do Brasil, obteve um resultado inédito para o setor de terminais logísticos no país por meio do Tecon Santa Clara, no Rio Grande do Sul. Desenvolveu uma metodologia de cálculo baseada no Programa Brasileiro de Gases do Efeito Estufa, validada pela SGS, empresa líder mundial em inspeção, verificação, testes e certificação.
Com esta metodologia, a Wilson Sons realizou o cálculo dos gases de efeito estufa das cargas que utilizam o terminal hidroviário, localizado em Triunfo, no Rio Grande do Sul e concluiu que há redução em 55% na emissão de gases do efeito estufa (GEE) na hidrovia quando comparados ao modal rodoviário. Essa redução confirma a constante busca em implementar ações de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, que significa Ambiental, Social e Governança em português) em sua cadeia de valor, colaborando assim, com todo o setor de transporte marítimo.
O estudo fez um comparativo entre o transporte fluvial e rodoviário, no trajeto entre o Tecon Santa Clara e o Tecon Rio Grande, e examinou que, em uma operação rodoviária de transporte de container, a emissão de dióxido de carbono equivalente pode chegar a 0,196 toneladas de CO2e por TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés), mais que o dobro emitido pelo modal fluvial. O cálculo se baseia em uma barcaça com 90% de ocupação, média real do terminal.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Desde 2009, a Wilson Sons prioriza dez objetivos de desenvolvimento sustentável do Pacto Global da ONU e vem trabalhando diversas iniciativas para a descarbonização do setor de logística portuária e marítima, “Os resultados do estudo são um marco na história do setor de transporte de cargas do Brasil, pois consolida os esforços que vem sendo desempenhados acerca da redução de emissões, na valorização da multimodalidade e na colaboração do terminal no cumprimento dos objetivos de sustentabilidade dos clientes, uma vez que estes se favorecem ao realizarem suas operações logísticas via hidrovia”, afirma Cleiton Lages, gerente de Meio Ambiente e Segurança do Tecon Rio Grande. Desde o início das operações, mais de 32 mil toneladas de carbono deixaram de ser emitidas com o uso da navegação interior.
Resinas, madeira, frango congelado, borrachas e utensílios domésticos representam 80% das mercadorias que passam pelo Tecon Santa Clara em contêineres. Os produtos – de importação, exportação e cabotagem – têm como origem ou destino as cidades de Farroupilha, Carlos Barbosa, Garibaldi, Caxias do Sul, Triunfo, Veranópolis, Cruz Alta, Lajeado, Taquari e Serafina Corrêa. Com oito anos de operação, o terminal foi reconhecido como um dos melhores do Brasil pelo Ministério da Infraestrutura no Prêmio Portos + Brasil na categoria Movimentação de Contêineres em Terminais Privados.
O Tecon Santa Clara iniciou suas operações com uma barcaça da Navegação Guarita, em outubro de 2016, quando a parceria entre Wilson Sons e Braskem reativou o Píer IV do terminal e retomou o transporte de carga pela hidrovia entre Triunfo e o Porto do Rio Grande. Dois anos depois, a Wilson Sons ampliou sua capacidade com a disponibilização de mais uma barcaça, passando a oferecer quatro viagens semanais. Recentemente, a Wilson Sons ampliou em 33% a capacidade operacional do Tecon Santa Clara. A ampliação aconteceu com a inclusão da barcaça Guaíba de 160 TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés), em substituição da antiga de 120 TEU.