Os investidores terão uma semana relativamente tranquila na semana. Haverá poucos indicadores econômicos relevantes para acompanhar e a temporada de balanços com resultados do 3º trimestre de 2024 se encaminha para o fim nos Estados Unidos, enquanto no Brasil já se encerrou. As principais atenções estarão para a reunião do G20, que ocorre nesta segunda-feira, 18, e terça-feira, 19, no Brasil. A vinda de chefes de Estado ao país nesses dias vai postergar o anúncio do pacote fiscal para, ao menos, quinta-feira, 21, pois no dia anterior é feriado nacional. A probabilidade é que o anúncio ocorra apenas na semana seguinte.
Se seguir a lógica das últimas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é provável que o anúncio esteja alinhado com a adequação dos gastos de todos os ministérios às regras do arcabouço fiscal. Nas especulações do mercado, os indicadores apontam para corte de R$ 20-30 bilhões para 2025 e R$ 30-40 bilhões para 2026.
“Talvez os militares e os Poderes Judiciário e Legislativo também sejam submetidos ao arcabouço. Vale lembrar que a nova regra fiscal prevê o crescimento real das despesas públicas entre 0,6% e 2,5%, dentro do limite de 70% da variação da receita”, comenta Leandro Manzoni, analista de economia do Investing.com.
A semana da agenda econômica começa com a divulgação do tradicional Boletim Focus no Brasil e discurso do Fed, nos EUA. Além dos números das transações correntes de setembro, serão conhecidos os dados de inflação ao consumidor da zona do euro na terça-feira, 19.
No mesmo dia, o balanço do Walmart nos EUA e a balança comercial japonesa de outubro do Japão serão divulgados. No dia do feriado no Brasil, os dados econômicos mais relevantes são a inflação ao consumidor no Reino Unido. No fim do dia, será a vez do tão aguardado balanço de Nvidia do 3º trimestre. Além dos tradicionais números semanais dos pedidos por seguro-desemprego nos EUA, a quinta-feira, 21, também os dados de inflação na sexta-feira, 22. No dia será a vez da prévia dos PMIs de Japão, EUA, Reino Unido e Zona do Euro, além das vendas no varejo do Reino Unido