Penitenciária Estadual de Caxias do Sul é interditada

A interdição representa a impossibilidade do ingresso de novos presos, em qualquer regime

Desde a decisão de interdição parcial, em julho deste ano, a situação não foi regularizada nem criadas novas vagas | Foto: Brigada Militar / Divulgação / CP

A interdição total da Penitenciária Estadual de Caxias do Sul (PECS) foi decretada nesta quinta-feira (14) pela Vara de Execução Criminal de Caxias do Sul.

O motivo é a superlotação do local e a precariedade das instalações elétricas que colocam em risco a integridade física dos presos, dos profissionais que atuam na prisão e de familiares e visitantes. Desde a decisão de interdição parcial, em julho deste ano, a situação não foi regularizada nem criadas novas vagas.

A interdição representa a impossibilidade do ingresso de novos presos, em qualquer regime, até a efetiva comprovação da realização das obras de energia elétrica e adequação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI), assim como a adequação das vagas de engenharia.

Conforme a decisão, ficou estabelecido o teto de ocupação em 200%, totalizando, provisoriamente, 864 presos, observando-se o total de 432 vagas. Os presos excedentes devem ser transferidos para outra unidade prisional no prazo máximo de 30 dias.

A PECS seguirá recebendo presos em flagrante, preventivos, temporários, cíveis e aqueles que ingressarem ou retornarem para o regime fechado em regressão cautelar até a realização da audiência de custódia. Nesses casos, de recebimento obrigatório, a Superintendência de Serviços Penitenciários do Estado (Susepe) deverá providenciar a remoção em 15 dias, caso o teto seja excedido.