A participação do grupo de compradores de imóveis que responderam a Pesquisa Raio-X FipeZAP e que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses, oscilou discretamente, representando 12% na amostra do terceiro trimestre de 2024. Em relação ao tipo do imóvel adquirido, a preferência por usados foi majoritária entre os compradores
(70%), embora tenha declinado marginalmente em relação ao período imediatamente anterior.
O levantamento contou com a participação de 873 respondentes entre os dias 10 e 31 de outubro de 2024. A participação de investidores entre compradores também apresentou queda, passando de 49% para 41%. Com respeito à motivação, a preferência por alugar o imóvel recém adquirido para obtenção de renda se manteve majoritária entre os investidores (66%), enquanto o intenção de “morar com alguém” se destacou entre objetivos compartilhados pelos demais respondentes na última rodada da pesquisa (76%).
No período da pesquisa Pesquisa Raio-X FipeZAP de compra, a proporção de compradores potenciais – isto é, de respondentes que declararam intenção de adquirir um imóvel nos próximos três meses – cresceu de 35% para 42% da amostra – ultrapassando a média histórica da Pesquisa (38%). Em termos de preferência, os integrantes desse grupo se distribuíram aqueles com preferência por usados (46%), os indiferentes entre imóveis novos ou usados (46%), além daqueles que buscavam exclusivamente imóveis novos (8%).
MORADIA
Com respeito aos objetivos, a intenção de destinar o imóvel em vista para moradia (87%) prevaleceu em relação a opções de investimento(13%). Com base em dados informados a respeito do objetivo e data de transações efetivadas, a participação de transações classificadas como investimento têm recuado paulatinamente ao longo de2024, encerrando setembro em 45%(a participação média no histórico da Pesquisa Raio-X FipeZAP é de 43%).
Após atingir o patamar de 69% em junho/2024, o percentual de transações com desconto oscilou negativamente ao longo dos últimos meses, encerrando setembro/2024 em 67%. Quanto ao desconto médio negociado entre compradores e vendedores, houve discreto recuo no ano: considerando todas as transações realizadas (com e sem desconto), o desconto médio no preço passou de 8%, em janeiro/2024, para 7%, em setembro/2024.
Alternativamente, considerando exclusivamente as transações que apresentaram algum desconto no valor originalmente anunciado, o percentual variou de 12% para11% no mesmo intervalo temporal. Com respeito à percepção dos respondentes em relação aos preços atuais, não houve mudanças significativas. A parcela de respondentes que classificavam os valores dos imóveis como “altos ou muito altos” ficou estável entre o 3º trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024 (72%).
O percentual de respondentes que avaliavam os preços vigentes dos imóveis como “razoáveis” , por sua vez, oscilou de 16% para 19%, ao passo que a percepção de que os preços se encontravam em níveis “baixos ou muito baixos” se manteve inalterada em 3%. Aqueles que não souberamopinarrepresentaram5% dos respondentes no último trimestre.
VALOR DOS IMÓVEIS
Em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, a última leitura da pesquisa revela que o percentual de respondentes que projetavam aumento nominal no valor dos imóveis passou de 38%, no 3º trimestre de 2023, para 40%, no 3º trimestre de 2024. Comparativamente, a participação de respondentes que partilham de uma expectativa de manutenção dos preços atuais avançou de 23% para 27%, enquanto o grupo de respondentes que apostavam na queda perdeu espaço, passando de 9% para 8% das últimas duas amostras.
Em termos de variação, a alta projetada por compradores que adquiriram um imóvel recentemente (+4,1%) superou as expectativas formuladas tanto por proprietários que adquiriram seu imóvel há mais tempo (+3,8%) quanto por compradores potenciais (+1,3%). Como resultado, a expectativa média dos respondentes da Pesquisa Raio-X do 3º trimestre de 2024 para os preços dos imóveis foi revisada para uma alta nominal de 2,5% nos próximos 12 meses.