IPCA de outubro sobe 0,56%, aponta IBGE

Em Porto Alegre, a inflação recuou dos 0,39% em setembro para 0,16% no mês passado

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A inflação do país acelerou para 0,56% em outubro, subindo 0,12 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,44%). O resultado foi influenciado pelas altas no grupo Habitação (1,49%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial (4,74%), e no grupo Alimentação e bebidas (1,06%), impulsionado pelo aumento das carnes (5,81%). No ano, a inflação acumulada é de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%, estourando o teto da meta de 4,5% prevista pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em Porto Alegre, a inflação recuou dos 0,39% em setembro para 0,16% no mês passado, acumulando com isso uma alta de 3,02% em 2024 e 3,81% nos 12 meses.

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em termos de impacto no índice geral de outubro, tanto Habitação quanto Alimentação e Bebidas exerceram influência de 0,23 ponto percentual no índice geral., sendo que, entre os subitens, a energia elétrica residencial foi o que mais pressionou o resultado, com 0,20 ponto percentual de impacto.

“Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$4,46”, destaca André Almeira, gerente do IPCA e INPC.

O grupo de Alimentação e bebidas registrou alta de 1,06%, com aumento de preços na alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Foram observados aumentos nos preços das carnes (5,81% e 0,14 p.p. de impacto), com destaque para os seguintes cortes: acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).

Por outro lado, a única queda registrada em outubro veio de Transportes, com taxa de -0,38% e -0,08 p.p de impacto no índice geral. O resultado foi influenciado principalmente pelas passagens aéreas, com queda de -11,50% nos preços e -0,07 p.p. de impacto no índice geral.

Trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração transporte público (-3,04%) também contribuíram para o resultado negativo do grupo. O resultando desses subitens é explicado em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais que aconteceram em outubro. Em relação aos combustíveis (-0,17%), houve queda no etanol (-0,56%), no óleo diesel (-0,20%) e na gasolina (-0,13%), enquanto o gás veicular (0,48%) registrou alta.