Cesta Básica de Porto Alegre teve variação de 2,40%, passando a custar R$ 774,32

Tomate, óleo de soja, carne, café, feijão, leite, pão e manteiga registraram as maiores elevações de preço nos supermercados da capital gaúcha no mês passado

Preço do quilo do tomate elevou em 15,44% em Porto Alegre | Foto: Paulo Lanzetta / Embrapa / CP

Em outubro de 2024, o preço da cesta básica apresentou alta de 2,40% em relação a setembro de 2024 passando a custar R$ 774,32 em Porto Alegre. De janeiro a outubro, a cesta registrou variação de 1,02%. Em comparação com outubro de 2024, o valor registrou alta de 4,75%. Na avaliação mensal, oito produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios: tomate (15,44%), óleo de soja (6,03%), carne (5,26%), café (3,52%), feijão (1,19%), leite (1,11%), pão (0,42%) e manteiga (0,36%).

Por outro lado, cinco produtos ficaram mais baratos: batata (-9,95%), banana (-3,30%), arroz (-0,92%), açúcar (-0,66%) e farinha de trigo (-0,15%). No acumulado de 2024, nove produtos registraram alta nos preços: café (31,65%), leite (23,13%), banana (10,76%),óleo de soja (10,91%), arroz (10,00%), pão (5,87%), manteiga (4,76%), feijão (1,30%) e carne (0,20%).

Em sentido oposto, quatro itens registraram redução: tomate (-26,46%), açúcar (-7,76%), batata

(-1,11%) e farinha de trigo (-0,15%). No acumulado dos 12 meses, 11 itens registraram alta nos preços: batata (32,65%), café (29,89%), leite (22,32%), banana (21,93%), arroz (20,63%),

óleo de soja (14,05%), feijão (7,59%), manteiga (7,25%), pão (6,89%), carne (0,74%) e farinha de trigo (0,31%). Por outro lado, dois itens ficaram mais baratos: tomate (-24,81%) e açúcar (-4,84%).

Em outubro de 2024, o trabalhador de Porto Alegre, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 120 horas e 38 minutos para adquirir a cesta básica. Em outubro de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.320,00 o tempo de trabalho necessário foi 123 horas e 12 minutos. Em setembro de 2024, o tempo foi de 117 horas e 49 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em outubro de 2024, 59,28% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em setembro de 2024, o percentual foi de 57,90%, e, em outubro de 2023 de 60,54%.
Custo da cesta básica aumenta em todas as cidades

O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou nas 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre setembro e outubro de 2024, as maiores altas ocorreram em Campo Grande (5,10%), Brasília (4,18%), Fortaleza (4,13%), Belo Horizonte (4,09%), Curitiba (4,03%) e Natal (4,01%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 805,84), seguida por Florianópolis (R$ 796,94), Porto Alegre (R$ 774,32) e Rio de Janeiro (R$ 773,70). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 519,31), Recife (R$ 548,19) e Salvador (R$ 560,65).

A comparação dos valores da cesta, entre outubro de 2023 e outubro de 2024, mostra que o custo dos alimentos básicos aumentou em 12 cidades, com destaque para as variações de Campo Grande (9,97%), Brasília (9,77%), Goiânia (9,32%) e São Paulo (9,17%). Entre as cinco localidades com retração nos preços, destacam-se Recife (-1,60%) e Fortaleza (-1,17%).

Nos 10 meses de 2024, 16 capitais tiveram elevação nos preços médios, com exceção de Salvador, que ficou relativamente estável (-0,03%). As maiores altas foram observadas em Campo Grande (7,65%), São Paulo (5,89%), Florianópolis (5,07%) e Rio de Janeiro (4,75%).

Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em outubro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.769,87 ou 4,79 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.657,55 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo. Em outubro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.210,11 ou 4,70 vezes o valor em vigor na época, que era de R$ 1.320,00.