Sargento da BM ferida por atirador em Novo Hamburgo recebe alta em Porto Alegre

Outras quatro pessoas feridas durante o ataque permanecem internadas no Vale do Sinos

Ataque a tiros deixou quatro pessoas mortas, além do próprio atirador, em Novo Hamburgo | Foto: Camila Cunha

Depois de cinco dias, a 2º sargento da Brigada Militar (BM) Joseane Müller, recebeu alta hospitalar do Hospital da Brigada Militar. Ela estava internada desde a última quarta-feira, quando foi baleada durante o ataque a tiros que deixou quatro mortos, além do próprio atirador, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.

A sargento, de 38 anos, foi atingida no ombro e levada inicialmente para o Hospital Municipal de Novo Hamburgo. Depois, foi transferida para o Hospital da Brigada Militar (BM), onde permaneceu até ser liberada para continuar a recuperação em casa.

Também ferido durante o ataque, o soldado João Paulo Farias Oliveira, de 26 anos, permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Novo Hamburgo. Conforme a Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), sua situação ainda é grave, mas ele está evoluindo.

Também em Novo Hamburgo, mas no Hospital Unimed, está internado o agente da Guarda Municipal, Volmir de Souza, de 54 anos. Conforme a unidade, o paciente segue na UTI, mas seu estado de saúde é considerado estável.

Já no Hospital Centenário, em São Leopoldo, estão internadas a mãe do atirador, Cléris Crippa, e a cunhada, Priscila Martins. Até a última atualização, ainda do final de semana, o estado de saúde de ambas é considerado estável, sem intercorrências e as vítimas estão se recuperando bem das lesões.

Outros dois policiais militares que ficaram feridos durante o ataque e necessitaram de atendimento médico, receberam alta hospitalar ainda no dia seguinte ao crime. Leonardo Valadão Alves, de 26 anos, levou um tiro de raspão na cabeça, enquanto Eduardo Brida Geiger, 32, foi atingido no pé.

O tenente-coronel Felipe Costa Santos Rocha foi ferido por estilhaços e não precisou de atendimento médico.

O caso

O relato dava conta que Eugênio Crippa ligou para o 190 informando que o filho Edson Fernando Crippa, de 45 anos o impedia de sair de casa e também o havia agredido. Próximo às 22h40min, a primeira guarnição chegou ao local e entrou no imóvel, onde encontrou o idoso e a esposa, Cleris, de 70 anos. Também estavam ali um dos filhos do casal, Everton Krippa, e a companheira Priscila de Castro Martins, de 41.

Ali, o soldado Everton Kirsch Júnior morreu após ser atingido por um disparo na cabeça. O pai do atirador, também foi morto no local. Na sequência, o suspeito teria alvejado o irmão, que estava caído na calçada, e depois retornado para o interior do imóvel.

A ocorrência foi encerrada por volta das 8h30min, quando um drone adentrou na casa e localizou o corpo do suspeito. Ele morreu após ter sido alvejado durante o tiroteio.

De acordo com a Polícia Civil, o atirador e o pai sofriam de esquizofrenia. O suspeito somava quatro internações psiquiátricas e, apesar disso, ainda mantinha ativo o registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Ele também havia completado diversos cursos de atirador, conforme a irmã dele informou aos policiais.