“Sorte de estar viva”, diz mulher que foi atacada por cachorro em Porto Alegre

Servidora pública afirma ter ficado bastante machucada por conta das mordidas

Mulher foi atacada por cachorro em Porto Alegre | Foto: Reprodução / CP

A servidora pública Morgana Pias, que foi atacada por um cachorro em Porto Alegre nessa segunda-feira no bairro Menino Deus, afirmou hoje à reportagem do Correio do Povo ter vivido momentos de terror durante o incidente.

Câmeras de segurança mostram o momento em que a vítima, ao segurar o portão para a condutora de dois cães entrar, sofre a mordida e acaba sendo arrastada por um dos animais. Foi necessário o esforço de várias pessoas para livrá-la das mordidas, que lhe causaram ferimentos em diferentes partes do corpo, como mãos, pernas e rosto.

Morgana não mora no condomínio onde foi o ataque. Ela estava saindo da residência do namorado, quando foi surpreendida pelas mordidas. “Estou bem machucada, mas me sinto com sorte de estar viva. Se isso tivesse acontecido com uma criança, o cachorro teria matado. Foi uma situação muito cruel”, destaca a servidora.

A mulher foi atendida no Hospital de Pronto Socorro (HPS) por conta dos ferimentos e em seguida no Centro de Saúde Modelo para tomar as vacinas, a fim de evitar complicações de saúde. “As mordidas do cachorro são muito fortes, mas felizmente elas não atingiram nenhum músculo ou nervo vitais, então, não devo ficar com sequelas de locomoção”, conta.

Morgana aponta que os dois animais seriam da raça American Bully e ambos estavam sem focinheira. “A gente precisa olhar para o que aconteceu e isso deve servir como alerta. Não há problema em você ter animais desse porte, mas você precisa ter um treinamento, conhecer eles, ter os equipamentos corretos e saber como agir adequadamente em caso de um ataque”, enfatiza.

Físico e emocional

A vítima do ataque declara que os cães também estavam apenas com uma guia comum. E além da questão física, pesa o emocional após o trauma. “É difícil dizer como estou me sentindo nesse momento. Ainda não consegui dormir porque quando fecho os olhos, me lembro do olhar do cachorro enquanto me mordia. Olho as imagens na televisão e é complicado me reconhecer e me ver nessa situação”, lamenta.

Como não mora no condomínio, a servidora pública afirma não conhecer a tutora ou os cachorros anteriormente. “Até agora não sei o porquê do cachorro ter me atacado. Ele é um animal, tem instinto. O que devemos observar é quem é responsável pelo cachorro”, sinaliza.