Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revelam que, em outubro, à exceção da classe de renda alta, todos os demais segmentos pesquisados apontaram aceleração da inflação na comparação com o mês anterior. No caso das famílias de renda muito baixa, a taxa de inflação avançou de 0,58% em setembro para 0,75% em outubro, refletindo, sobretudo, as altas dos alimentos no domicílio e das tarifas de energia elétrica. Já para as famílias de renda alta, além do impacto proporcionalmente menor vindo dos reajustes dos alimentos e da energia, a queda nos preços das passagens aéreas (-11,5%) e dos combustíveis (-0,17%) explicam esta pressão menos intensa da inflação em outubro.
Com a incorporação do resultado de outubro, no acumulado do ano, a faixa de renda baixa é a que registra a maior alta inflacionária (4,17%), enquanto o segmento de renda alta aponta a taxa menos elevada (3,20%). De modo semelhante, no acumulado em doze meses, as famílias de renda muito baixa apresentam a taxa de inflação mais elevada (4,99%), ao passo que a faixa de renda alta aponta a menor taxa de variação de preços (4,44%).