O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir com ministros nesta terça-feira (15) para tratar do acordo de reparação pelo desastre de Mariana, em Minas Gerais. A tragédia ambiental ocorreu em 2015 e matou 19 pessoas. A expectativa é de que sejam garantidos ao menos R$ 100 bilhões. Os valores da negociação, a serem pagos pelas mineradoras Samarco, BHP e Vale, serão destinados às vítimas e áreas afetadas.
A reunião vai ser coordenada pelo ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, e deve ocorrer no Palácio do Planalto. A repactuação é conduzida pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) desde o ano passado, diante do fracasso dos acordos assinados anteriormente.
O desastre ocorreu em novembro de 2015. Às 16h20, a barragem do Fundão se rompeu e despejou cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro. A tragédia matou 19 pessoas e engoliu comunidades, além de ter deixado um rastro de destruição, com reflexos no Rio Doce, no estado do Espírito Santo, e até no oceano Atlântico.
A conclusão do acordo se arrasta há quase uma década por causa das divergências a respeito dos valores das indenizações. A última proposta das mineradoras, apresentada em junho deste ano, prevê o pagamento total de R$ 140 bilhões, entre quantias já quitadas e parcelas futuras.