Os índices gerais da economia mostram uma boa recuperação. O receio é que este comportamento tenha um prazo de validade curto e que, com o fim do ingresso de recursos do governo Federal, a economia tenha um processo de acomodação. O entendimento é do economista chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Giovani Baggio, que foi palestrante da reunião almoço Sinduscon-RS, e expôs o impacto do processo eleitoral na atividade econômica, o balanço e as perspectivas da indústria e da construção gaúcha.
Baggio destacou que o crescimento da economia vem, até aqui, surpreendendo pois a expectativa inicial era de um crescimento de 1,5% e agora já está em 3% ou superando este percentual. “É um desempenho que tem suas explicações: o consumo das famílias crescendo por conta do crédito oferecido, e pelo impulso fiscal provocado pelos gastos extraordinários do governo federal, apesar do endividamento crescente das famílias”, diz.
No caso do Rio Grande do Sul, o economista chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) aponta que existe uma situação heterogênea de empresas. Em alguns casos não conseguiram se reerguer. “Outras, com a retomada logo no final de maio conseguiram voltar a produzir. Já setores, como a construção civil, móveis e insumos para construção, tem compensado em muito os setores”, comenta.