Os resultados dos indicadores da China devem movimentar os mercados nacionais. Os estímulos podem ter impacto na taxa de câmbio e em ações ligadas ao minério de ferro e ao setor siderúrgico, como Vale, CSN, Gerdau e Usiminas. Mas, o foco deve ser interno. A avaliação é do analista da plataforma Investing.com, Leandro Manzoni.
Os investidores, na sua opinião, estão insatisfeitos com a insistência do governo em realizar um ajuste fiscal pelo lado da arrecadação. Embora haja sinais de corte de gastos para somar os R$ 25 bilhões anunciados em julho, o mercado gostaria de anúncios efetivos. Sem essa sinalização, o prêmio de risco continua elevando os juros futuros no Brasil, que precifica uma taxa Selic terminal no fim do atual ciclo de aperto em 13,5%.
A aprovação do nome de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central na última terça-feira tirou um fator de incerteza em relação aos rumos da política monetária, a despeito de desconfiança do mercado de ingerência do Palácio do Planalto na definição da taxa de inflação e uma maior leniência com a inflação. Em relação ao calendário econômico brasileiro, os holofotes estarão na segunda-feira, 14, com a divulgação do tradicional Boletim Focus e do IBC-Br, que é considerado uma prévia do PIB calculado pelo Banco Central.
ROTINA DA SEMANA
Na segunda-feira, 14, o Relatório Focus será divulgado. Nele constam as expectativas de mercado para a inflação, PIB, câmbio e taxa Selic, dados que servem de base para o planejamento de investidores. Na sequência, o Banco Central divulga o Índice IBC-Br, considerado uma prévia mensal do PIB, oferecendo uma visão sobre a atividade econômica do Brasil.
Na terça-feira, 15, a Fundação Getúlio Vargas apresenta o Monitor do PIB, com seu levantamento sobre o que esperar do PIB no Brasil. Já na quinta-feira, 17, o foco estará em uma série de índices de preços e sondagens econômicas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), importante termômetro da inflação, será apresentado pela FIPE. A FGV divulgará o IGP-10, outro indicador de inflação, seguido da sondagem industrial da CNI, que avalia o desempenho da indústria nacional.