Eduardo Leite não confirma participação na campanha de Melo após adesão do PSDB

‘As decisões dos temas da cidade passam muito mais por discussão sobre a cidade do que a participação do líder político A ou B’, afirmou o tucano

Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Divulgação

Após confirmação do apoio do PSDB de Porto Alegre à reeleição de Sebastião Melo (MDB), o governador gaúcho Eduardo Leite, principal expoente do partido nacionalmente, esquivou-se de confirmar ou detalhar seu papel na campanha da Capital.

“Não discutimos nada disso. Minha participação vai ser feita a partir desse momento (após decisão da executiva municipal). O MDB está na nossa base aliada, partido do nosso vice-governador, é com quem temos mais aproximação do ponto de vista programático. Mas gostaria de ressaltar respeito à Maria do Rosário (PT). Se for eleita trabalharei com ela em perfeitas condições”, afirmou em entrevista.

Um dia antes, Leite, Melo, Gabriel Souza (emedebista vice-governador), Vilmar Zanchin (presidente estadual do MDB), Artur Lemos Júnior (presidente estadual da federação PSDB-Cidadania e chefe da Casa Civil), Moisés Barboza (presidente municipal tucano) se reuniram a portas fechadas.

Segundo Melo e Gabriel, a reunião foi para articular sobre a eleição de Porto Alegre. Não foram feitas imagens do encontro nem de Leite ao lado de Melo. O governador tampouco concedeu entrevistas após.

“Vamos conversar sobre isso e ajustar de que forma podemos colaborar. Não foi ainda decidido — até porque as decisões dos temas da cidade passam muito mais por discussão sobre a cidade do que a participação do líder político A ou B. As pessoas não devem votar para prefeito porque apareceu um político importante de determinado partido dando apoio”, completou.

O tucano repetiu por seis vezes o respeito que mantém por Rosário e foi questionado se pesa o fato de a petista ter votado nele em 2022, enquanto Melo apoiou seu então adversário na disputa pelo governo do Estado, Onyx Lorenzoni (PL).

“Está pesando desde o momento em que estou dizendo que Rosário tem meu respeito. Naquela eleição de 2022, tínhamos uma eleição que envolvia componentes nacionais de enfrentamentos muito mais acirrados do que vemos numa eleição municipal, que se trata de administração e gestão da cidade”, explicou.