O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio Gaúcho (ICEC-RS), da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) atingiu os 103,7 pontos e retornou ao patamar que supera a linha neutra dos 100,0 pontos após três meses consecutivos na faixa do pessimismo. Na comparação com a edição de agosto de 2024, o índice aumentou 4,3%, na segunda alta seguida na margem. Entretanto, na comparação com setembro de 2023, registrou queda de 6,8%. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira, 2, pela Fecomércio-RS.
O Índice de Situação Atual (ICAEC) atingiu os 83,8 pontos, o que representou uma alta de 6,9% na comparação com o mês anterior. Após a tragédia natural, o comércio recebeu um forte impulso financeiro em função das transferências de recursos às famílias por parte da governo e também através das doações, o que ajuda a explicar a melhora da confiança. O resultado praticamente se iguala ao da edição de maio de 2024 (83,9 pontos), edição que precedeu as enchentes, no segundo avanço consecutivo do índice.
O que se observa agora é que o ICAEC se aproxima da média do ano até maio, apesar de registrar baixa de 2,0% em relação à edição de setembro de 2023. Vale ressaltar que, historicamente, o ICAEC sempre foi o índice que registrou os níveis mais baixos entres os três grandes subindicadores do ICEC, com a avaliação do cenário atual da economia como o componente que mais contribui para reduzir o nível do indicador.
O Índice de Expectativas (IEEC), como de costume, marcou o maior patamar entre os subindicadores, registrando 128,7 pontos. Este resultado foi 4,1% maior que o do mês anterior e 8,2% abaixo da comparação interanual. Frente à edição de maio de 2024 (128,3 pontos) que marca o pré-crise, o índice apresentou leve alta.
Já o índice de Investimentos (IIEC) registrou 98,6 pontos e teve avanço de 2,6% na margem. Em relação a setembro de 2023, houve recuo de 8,7%. Entre os três subindicadores é o único que, ainda, não alcançou a marca pré-enchentes. Dentre as componentes do indicador, o índice de contratação de funcionários é o único a superar os 100 pontos (111,3 pontos).
“É ótimo observar que a confiança está voltando ao patamar pré-enchente. Quanto mais força nossa recuperação apresentar no curto prazo, melhor. Sabemos que grande parte da movimentação atual da economia decorre dos impulsos financeiros que recebemos e da necessidade de reposição de bens de famílias e empresas. Por isso, o que nos preocupa é o médio e o longo prazo. Muito estoque de capital foi perdido, muitas dívidas foram feitas. É fundamental ganhar fôlego financeiro agora para continuarmos crescendo no futuro”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
