Cerca de 400 trabalhadores terceirados da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) de Canoas, contratados por três empresas, devem cruzar os braços nesta segunda-feira diante da greve deflagrada em assembleia na última sexta-feira. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 10% e vale alimentação no valor de R$ 1.250,00. A decisão pela paralisação acontece diante da inércia das empresas contratantes, que mantêm o posicionamento de não oferecer aos empregados os reajustes solicitados. As negociações iniciaram em maio deste ano e não tiveram avanços.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Gelson Santana, afirma que a Refap Canoas oferece a pior remuneração de todas as refinarias do Brasil. Segundo Santana, em um mesmo local de trabalho e exercendo a mesma função, o salário oferecido aos trabalhadores chega a ter uma diferença de 70%. “Estamos lutando pela equiparação salarial, isonomia. Quem trabalha na Repaf é altamente qualificado. Estes trabalhadores precisam ser valorizados.” Ele garante que o Sindicato vai seguir mediando as negociações na busca pela sensibilização da Petrobras e das empresas envolvidas para solucionar a disparidade salarial em benefício dos trabalhadores.
Em nota, a Petrobras esclarece que, no desenvolvimento de suas atividades, realiza a contratação de empresas prestadoras de serviços e que não interfere nas relações entre as empresas contratadas, seus trabalhadores e sindicatos. A companhia reforça que todos seus contratos de serviço estão em conformidade com a legislação vigente. A refinaria segue operando normalmente.