Em função da previsão de novos eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul na madrugada desta quinta-feira, a CEEE Equatorial apresentou nesta quarta-feira um resumo das atividades de prevenção e do plano de contingência colocado em prática desde a semana passada. Segundo o presidente da concessionária, Riberto Barbanera, esta deverá ser a terceira onda de temporais que atinge o RS desde o dia 19 de setembro, mas com potencial de causar transtornos maiores da região Metropolitana.
Barbanera reforça ainda que, pelas características do evento informadas pelos institutos de meteorologia, o temporal será similar ao de janeiro deste ano, quando mais de 600 mil clientes ficaram sem abastecimento de energia elétrica em Porto Alegre e região. Para evitar transtornos similares, a companhia aposta nas ações de prevenção tomadas desde então, como a poda de 30 mil árvores no RS, sendo 15 mil apenas na Capital, a substituição de 29 mil postes de madeira e o aumento no número de profissionais, passando de 4,5 mil no final de 2023 para mais de 7 mil atualmente.
“Em janeiro, foram grandes árvores sadias que, pelas forças dos ventos foram arrancadas. E como o dano na rede é muito severo, demora mais tempo para normalizar. Desde então a gente vem fazendo podas e até supressão de árvores em conjunto para poder melhorar essa condição. Nossa melhor expectativa é que tenhamos uma consequência menos severa e com isso a gente possa restabelecer num prazo mais curto. A gente espera sim um reflexo no sistema elétrico bem mais ameno”, afirmou Barbanera.
Entretanto, ele destacou que o maior desafio neste evento será a demanda represada junto com as ondas anteriores, que atingiram as regiões da Campanha e Sul no dia 19 e a microexplosão registrada nesta terça-feira em Camaquã. “Enquanto atuávamos no atendimento da primeira onda, aconteceu esta segunda. Agora, temos a previsão de um novo evento de alta severidade. Esta é a grande diferença para o temporal de janeiro. Neste, teremos uma sequência de outros dois eventos que ainda demanda atendimentos”, completou.
Por isso, desde a semana passada, a companhia disparou as ações do plano de contingência para preparar as equipes e os materiais que serão utilizados nos atendimentos. A empresa também já está presente nas ações do gabinete de crise da Capital, acionado pela Prefeitura. Além disso, como o temporal atingirá regiões majoritariamente pertencentes à área de cobertura da CEEE Equatorial, a empresa contatou concessionárias de outras regiões para dar suporte no atendimento.
Até o momento, mais de 2 mil profissionais da CEEE já estão envolvidos no plano de contingência e cerca de 300 colaboradores da RGE, Celesc (responsável por Santa Catarina) e cooperativas do RS integrarão as ações de atendimento às consequências do temporal. “Nós estaremos 100% do tempo trabalhando até que o último cliente seja restabelecido”, finalizou Barbanera.