Confiança do Consumidor sobe pelo quartob mês consecutivo, diz FGV

Resultado foi influenciado pela melhora das percepções sobre o presente e as expectativas futuras

Crédito: Alexandre Barros/Divulgação

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 0,5 ponto em setembro, para 93,7 pontos, em sua quarta alta consecutiva. Em médias móveis trimestrais, avançou em 0,9 ponto, para 93,3 pontos. A confiança do consumidor sobe gradativavemente desde junho deste ano, sendo influenciado, principalmente, pelas expectativas para os próximos meses. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV\Ibre) nesta quarta-feira, 24.

“Em setembro, houve ligeira piora das percepções sobre a situação atual, que por sua vez, foi influenciado pela piora no indicador de situação financeira das famílias. Entre as faixas de renda, o resultado foi heterogêneo. A resiliência da atividade doméstica tem sustentado a tendência de alta na confiança dos consumidores, mas a recuperação em ritmo lento reflete a percepção ainda fragilizada das finanças pessoais”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

Em setembro, a alta da confiança foi influenciada pelas expectativas em relação aos próximos meses enquanto nas avaliações sobre o momento atual ocorreu ligeira queda. O Índice de Expectativas (IE) avançou 0,8 ponto, para 102,2 pontos, em seu quarto resultado positivo consecutivo. No sentido oposto, o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 0,2 ponto, para 81,7 pontos, após quatro meses sem resultados negativos.

BENS DURÁVEIS

Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede o ímpeto de compras de bens duráveis foi o que apresentou a maior contribuição para a melhora da confiança no mês ao avançar 2,3 pontos, para 90,1 pontos, maior nível desde fevereiro deste ano (95,0 pontos). No mesmo sentido, o que mede as perspectivas para as finanças futuras das famílias subiu 1,8 ponto, para 106,6 pontos. Apenas as perspectivas para a situação futura da economia apresentaram resultado negativo no mês ao recuar 1,8 ponto, para 109,6 pontos.

A queda observada no ISA foi resultado de movimentos opostos entre os indicadores que o compõem: na percepção sobre as finanças pessoais das famílias, o indicador recuou pelo terceiro mês seguido, agora em 0,8 ponto, para 69,9 pontos, menor nível desde maio deste ano (69,3 pts.), enquanto o que mede a percepção sobre a economia local subiu 0,4 ponto, para 93,8 pontos, em sua terceira alta consecutiva.