O Brasil tem, desde a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em elevar a taxa básica de juros para 10,75% ao ano, o segundo maior juro real do mundo que é formado, basicamente, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Conforme levantamento da plataforma MoneYou, os juros reais do país chegam a 7,33%, e que tem a Rússia como líder do ranking mundial com 9,05%.
O Brasil sobe à 2ª colocação no ranking mundial de juros reais, abaixo da Rússia e acima de Turquia, México, Indonésia e Índia. A taxa real é uma combinação de inflação projetada para os próximos 12 meses, via coleta do relatório Focus do BACEN de 4,10% e a taxa de juros DI a mercado dos aproximados próximos 12 meses no vencimento mais líquido (Set 25). Ainda que as recentes declarações do governo em relação à questão fiscal possam aliviar em partes a abertura das curvas de juros, a combinação de inflação mais forte cenário externo desafiador continua a pressionar a abertura dos vértices mais curtos.
O Brasil permanece na 2ª colocação com alta de 50 pontos base, de 75 pontos base ou manutenção, sem nenhum cenário alternativo. Em termos nominais, empata na 4ª colocação, junto a Colômbia e México, acima de África do Sul, Hungria e Índia e abaixo Turquia, Argentina e Rússia. O movimento global de políticas de aperto monetário perdeu força, sendo o contexto majoritário de manutenção das taxas, porém, cortes ganharam força recentemente. A situação argentina se elevou em agosto levemente acima das expectativas, ainda assim, o ciclo continua a melhorar no atual contexto, enquanto os dados turcos mantem o cenário de piora em termos de juros e inflação.