A Polícia Federal, em conjunto com o Polícia Civil, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Conselho Tutelar, prendeu em flagrante, na quarta-feira, o responsável por uma propriedade rural em Candelária pela prática do crime de redução a condição análoga a de escravo.
A fiscalização foi realizada com participação dos órgãos responsáveis pelo enfretamento ao trabalho escravo. No local, os fatos foram confirmados e os envolvidos conduzidos à Polícia Federal em Santa Cruz do Sul.
As três vítimas resgatadas trabalhavam em propriedade rural e eram submetidas a condições degradantes, habitações precárias, e, ainda, eram impedidos de deixar a propriedade em razão de dívidas. Segundo as declarações, exerciam as atividades no local por 200 reais ao ano.
Após o encerramento dos procedimentos, os trabalhadores foram acolhidos pela Assistência Social de Candelária.
Diante real temor das vítimas de sofrerem retaliações (ameaça e/ou violência), a Justiça Federal deferiu o pedido da Polícia Federal de medida cautelar diversa da prisão para que o conduzido se abstenha de manter contato com os trabalhadores resgatados, sob pena de conversão em prisão preventiva.
Na ação também foram localizadas quatro armas de fogo (2 revólveres, 1 fuzil e 1 espingarda) e 33 munições calibre 38. Uma das armas teve a sua numeração de identificação suprimida. Assim, o conduzido também foi indiciado pela posse ilegal de arma de fogo de uso restrito permitido e restrito.
A investigação iniciou com denúncia apresentada na Polícia Civil de Candelária sobre violência doméstica e trabalho escravo, que representou pela expedição de mandado de busca e apreensão.