O governo de Luiz Inácio Lula da Silva trabalha com a expectativa de a sabatina do economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central ocorrer em 10 de setembro, terça-feira da próxima semana. Depois da indicação para o cargo, feita por Lula na última quarta (28), Galípolo precisa ser aprovado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado e confirmado pelo Plenário da Casa. Ele deve começar a se reunir com os senadores nesta segunda-feira (2).
“O presidente Lula reforçou a orientação de que, a partir de hoje, o líder [do governo no Senado] Jaques Wagner (PT-BA) acompanhe Galípolo em reuniões com todos os líderes partidários e com os membros da CAE, num primeiro momento, e com os demais para o Plenário”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, nesta segunda (2), após reunião com Lula e a equipe de coordenação do governo, no Palácio do Planalto.
Segundo Padilha, o relator da indicação de Galípolo na CAE será o próprio Wagner. A previsão do Executivo é que o relatório seja lido na comissão já nesta terça (3). Embora não esteja pré-agendada, a votação no Plenário pode ocorrer também na terça (10) da próxima semana, depois da análise na CAE. Para ser aprovado, o economista precisa da maioria simples (metade dos presentes) — a comissão tem 27 membros e, no total, são 81 senadores.
O ministro reforçou que, apesar da sabatina “antecipada” por conta das eleições de outubro, a posse de Galípolo no BC será apenas quando o atual presidente do banco, Roberto Campos Neto, deixar o cargo, em 31 de dezembro deste ano. “Ele só toma posse quando o presidente Campos Neto sair. Antecipação de sabatina não antecipa posse”, destacou.