Campanha arrecada fundos para restaurar mausoléu de patrono da BM

Iniciativa marca 99 anos da morte do coronel Afonso Massot

Coronel Afonso Massot, patrono da Brigada Militar | Foto: Amigos do Museu da BM / Reprodução / CP

Uma campanha arrecada fundos para restaurar o jazigo do coronel Afonso Emílio Massot, patrono da Brigada Militar. A iniciativa marca os 99 anos da morte do oficial, que está sepultado no Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre. O plano também inclui melhorias na lápide do coronel Claudino Nunes Pereira, patrono do 6º BPM de Rio Grande.

O projeto ocorre por meio da aquisição de canecas comemorativas. A contribuição de R$ 55 garante um item. Quem colaborar com R$ 100, ganha dois. Os brindes podem ser retirados no Museu da BM.

De acordo com a Associação Amigos do Museu da Brigada Militar (AAMBM), que idealizou a ação, a meta é atingir R$ 14 mil. A prestação de contas será realizada no site da entidade.

Contribuições podem ser feitas através da chave pix 10.833.383/0001-32, que é da AAMBM. Os comprovantes devem ser enviados para [email protected].

Quem foi o coronel Massot

Afonso Emílio Massot nasceu no dia 16 de outubro de 1865, em Pelotas. Antes de ser militar, fundou o Colégio Evolução, onde lecionava francês e geografia, entre outras matérias, também no município do Sul gaúcho.

No final de 1892, o professor ingressou na recém-criada Brigada Militar, com objetivo de conter a Revolução Federalista. À época, ele foi capitão comandante do 1º Batalhão de Infantaria da Reserva, unidade com base em Pelotas.

A primeira batalha de Massot foi em 1883, no Combate do Salsinho, contra as tropas de Gumercindo Saraiva. Ainda naquele ano, foi promovido a major do 2º Batalhas da Reserva.

O desempenho na guerra o levou a ser nomeado tenente-coronel, por decreto do então presidente Floriano Peixoto, e, em abril de 1884, assumiu o comando do 2° Batalhão de Infantaria, da ativa, da Brigada Militar.

Massot, com quase três anos de atividades bélicas, quis voltar a ser professor. Ocorre que Júlio de Castilhos, que era presidente do estado, o recebeu pessoalmente e pediu para que ele continuasse no serviço. Após aceitar a solicitação de Castilhos, em 1914, ele recebeu o comando interino da Brigada Militar, até 1917, quando foi promovido a coronel.

O oficial faleceu no dia 15 de outubro de 1925, em Porto Alegre, quando era comandante-geral da BM. Em 1953, ele foi instituído Patrono da BM, através do decreto nº 4.221.

Massot foi responsável por reorganizar a BM. O coronel criou o cursos de ensinos, escolta presidencial, posto de aspirante oficial, serviço de aviação e trem blindado, além das escolas de ginástica, esgrima e equitação, entre outros.