O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 0,64% em agosto, desacelerando em relação à taxa de 0,69% registrada no mês anterior. Apesar desse recuo, a tendência parece apontar para uma aceleração nos custos da construção, conforme indicado pela taxa acumulada em 12 meses de 4,84%. Comparativamente ao mesmo período em 2023, observa-se um significativo avanço no índice, que em agosto de 2023 acumulava 3,06%, em 12 meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargs (FGV/Ibre).
A componente Materiais, Equipamentos e Serviços do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou aceleração, com o índice aumentando de 0,58% em julho para 0,69% em agosto. Esse aumento sugere crescimento moderado nos preços dos insumos e dos serviços do setor de construção. Em contrapartida, a componente de Mão de Obra mostrou suavização em sua taxa, passando de 0,85% em julho para 0,57% em agosto, indicando desaceleração nos custos laborais do setor.
MATERIAIS
No grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou aumento de 0,76% em agosto, marcando um incremento maior em relação à taxa de 0,58% vista em julho. Esse movimento reflete uma tendência de alta nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção. Nesta apuração, todos os quatro subgrupos que compõem essa categoria exibiram avanço em suas taxas de variação. O principal destaque foi o subgrupo “materiais para instalação”, que viu sua taxa subir de 1,42% para 2,11%.
No âmbito do grupo de Serviços, observou-se um recuo significativo na variação, que passou de 0,65% em julho para 0,05% em agosto. Esta desaceleração foi reflexo no item “projetos”, que viu sua taxa de variação passar de 0,86% para 0,12%. A variação do índice de Mão de Obra foi de 0,57% em agosto, marcando uma desaceleração quando comparada ao índice de 0,85% observado em julho.
CAPITAIS
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) apresentou comportamento distinto em várias cidades brasileiras no mês de agosto. Cidades como Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo experimentaram desaceleração em suas taxas de variação, refletindo uma redução nos custos de construção nessas localidades. Em contraste, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre observaram aumento em suas taxas de variação, o que sugere uma alta relativa nos custos de construção nessas cidades.