O presidente do Sindicato da Polícia Penal (Sindppen-RS), Cláudio Dessbessell, protocolou denúncias supostos abusos contra servidores da categoria. A entidade também pede a abertura de um procedimento administrativo para apurar os fatos. Os ofícios foram entregues na Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS).
Uma das denúncias se refere a um texto falso que estaria circulando em grupos de aplicativo. A nota falsa conteria a informação que o sindicato é a favor da extinção do Grupo de Ações Especiais (GAES) e Grupos de Intervenções Prisionais (GIRs), o que não é verdade. De acordo com o Sindppen, há indícios que o responsável pela fraude produziu a mensagem em horário de trabalho, através de um computador funcional.
Em outro ofício, o Sindppen também alerta que há tentativas de militarização da Polícia Penal. “A Escola do Serviço Penitenciário (ESP) é a responsável pela formação do policial penal. O treinamento e capacitação de servidores devem incluir disciplinas como Direito Constitucional, Administrativo, Penal, para enfatizar a importância de um modelo civil, não militar”, destaca Cláudio Dessbessell.
A entidade ainda chama atenção para relatório que teria sido feito pela gestão da Susepe, em março, após a categoria realizar uma mobilização em homenagem a dois servidores mortos. De acordo com o Dessbessell, a manifestação foi monitorada por órgãos oficiais.
“O ato não possuía nada de irregular. Por isso tal relatório de investigação pode ser interpretado como um movimento de intimidação ou perseguição contra o legítimo exercício de direitos constitucionais de liberdade de expressão e de reunião”, aponta o presidente do Sindppen.