Após recuar por dois meses consecutivos, a indústria voltou a apresentar aumento das atividades em julho de 2024. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 15, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), conforme Sondagem Industrial junto a 1.488 empresas industriais de todo país, entre 1º e 9 de agosto.
A pesquisa mostra que o índice de evolução da produção industrial aumentou de 48,7 pontos para 54,3 pontos em julho. É o resultado deste mês na comparação com os últimos anos, como 2022, quando o indicador ficou em 51,8 pontos, ou como 2023, quando registrou queda de 47,8 pontos.
O índice de evolução do número de empregados na indústria também aumentou em julho. O indicador subiu de 50 pontos para 51,3 pontos. Ambos os crescimentos foram observados em todas as regiões do país.
“Enquanto foi reistrado aumento da produção e do emprego, os estoques estao abaixo do planejado, o que dá a entender que a indústria está conseguindo inserir seus produtos no mercado. Isso aconteceu em todas as regiões do país. Além disso, o aumento da utilização da capacidade instalada reforça a mensagem de uma atividade industrial mais aquecida em julho”, explica a economista da CNI, Larissa Nocko.
CAPACIDADE DAS INDÚSTRIAS
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) atingiu 71%, após avançar 1 ponto percentual em relação a junho. O percentual, que se encontra com 2 pontos percentuais acima da média dos meses de julho da série histórica, indica utilização mais intensiva que a usual da capacidade industrial instalada.
Por região, os indicadores do Norte, Nordeste e Sudeste avançaram, enquanto Centro-Oeste apresentou estabilidade. A região Sul, por sua vez, apresentou o maior crescimento entre os períodos, de 5 pontos percentuais, e atingiu 73% julho. Com o avanço do mês, a UCI da região atingiu um nível superior ao observado em abril (72%), período que antecedeu as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. A maior parte desse avanço representa uma recuperação do recuo de 9 pontos observado em maio, quando a UCI da região chegou a 63%.
ESTOQUES
O indicador de evolução do nível de estoques apresentou leve avanço de 48,2 pontos para 48,7 pontos, de junho para julho. Já o índice de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 48,2 pontos, após recuar 0,4 ponto frente a junho. Com os índices abaixo da linha divisória, a CNI entende que não há acúmulo de produtos nas indústrias e a produção está sendo direcionada para o mercado.
Em agosto deste ano, os índices de expectativas de demanda, de compras de matérias-primas e de número de empregados na indústria para os próximos seis meses avançaram. Apenas o índice de expectativa de quantidade exportada recuou no mês, mas permanece em patamar otimista, bem como as demais expectativas.
O indicador de intenção de investimento atingiu 57,8 pontos em agosto, com avanço de 0,5 ponto frente a julho. Com o crescimento, o índice se encontra 5,8 pontos acima da média história do indicador, de 52 pontos.