A taxa de desocupação no segundo trimestre de 2024 caiu para 6,9%, recuando um ponto percentual frente ao primeiro trimestre e chegando ao seu menor valor para um segundo trimestre desde 2014 (6,9%). Esse recuo na taxa de desocupação do país foi acompanhado por 15 das 27 Unidades da Federação (UF). É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Rio Grande do Sul o indicador atingiu um percentual de 5,9% e 7,5% na Região Metropolitana da capital em igual período.
As maiores taxas de desocupação foram de Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%) e as menores, de Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%). Além das 15 unidades da federação com quedas nessa taxa, as outras 12 não mostraram variações estatisticamente significativas no indicador.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, “a queda da taxa de desocupação em nível nacional no segundo trimestre de 2024 também foi observada regionalmente, com 15 unidades da federal registrando queda significativa desse indicador, sendo os destaques Piauí e Bahia, onde a retração foi superior a dois pontos percentuais. Vale ressaltar que nos estados onde a queda não foi estatisticamente significativa, o panorama foi de estabilidade. Dessa forma, nenhum estado apresentou aumento da taxa de desocupação na comparação com o primeiro trimestre de 2024”.
TEMPO DE PROCURA
No segundo trimestre de 2024, em todas as faixas de tempo de procura por trabalho a população desocupada recuou acima dos 10%: o grupo dos que buscavam trabalho por menos de um mês teve redução de 10,2%, o dos que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano diminuiu 11,0%, o contingente dos que buscavam trabalho por um ano a menos de dois anos recuou 15,2% e a faixa com maior tempo de procura (dois anos ou mais) teve a maior redução percentual: 17,3%.
Além disso, o número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais recuou para 1,7 milhão, seu menor valor, para um segundo trimestre, desde 2015. Segundo Adriana Beringuy, “o crescimento da ocupação tem refletido positivamente entre os que buscam trabalho, à medida que passam a registrar menor tempo de procura. O crescimento da demanda por trabalhadores em várias atividades, como comércio e serviços de baixa ou alta complexidade, tem contribuído para a retração desse tempo de procura. Como exemplo, nesse segundo trimestre de 2024, o contingente de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais atingiu seu menor valor para um segundo trimestre, desde 2015”.