A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) encaminhou uma carta reforçando com veemência que a dragagem dos pontos críticos do Lago Guaíba é uma necessidade imediata. “Não há mais tempo! É urgente que se encontrem caminhos para agilizar o início das obras da dragagem, principalmente nos canais do Furadinho, das Pedras Brancas e da Feitoria, onde já foram registrados encalhes de navios”, alerta a correspondência assinada pelo presidente da FIERGS, Claudio Bier.
A FIERGS propõe que se estabeleça um volume máximo de dragagem para esta contratação emergencial, e que a partir disso sejam liberadas as obras nos três canais mencionados, com prioridade para o canal Furadinho. “A situação se agrava diariamente e impacta em limites operacionais e de estocagem que podem levar à paralisação das operações do Polo Petroquímico de Triunfo”, reforça Bier, acrescentando que a interrupção das operações na hidrovia geraria efeitos econômicos devastadores não apenas no Polo Petroquímico, mas em toda a cadeia produtiva vinculada a ele, especialmente em um momento “tão sensível para o Rio Grande do Sul”.
A correspondência foi enviada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa; ao ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho; ao ministro Extraordinário para Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta; ao superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no RS, Hiratan Pinheiro da Silva; ao diretor-geral do DNIT, Fabricio de Oliveira Galvão, e ao diretor de Infraestrutura Aquaviária do DNIT, Erick Moura de Medeiros.
Segundo a carta, as indústrias do Polo Petroquímico de Triunfo preveem paralisação total da navegação em 30 dias caso não seja feita dragagem com a maior urgência possível. “A hidrovia gaúcha é parte essencial da atividade econômica do estado, comportando um intenso fluxo de produtos químicos, fertilizantes, madeira, celulose e gás liquefeito de petróleo (GLP)”. A FIERGS salienta que apenas a Braskem, principal empresa do Polo de Triunfo, é responsável por 4,5 mil empregos diretos e indiretos, além de responder por uma contribuição bilionária em tributos.