Um novo mapeamento da ciência e inovação no Brasil mostra que o Rio Grande do Sul está em segundo lugar entre os estados com maior número de iniciativas na área. Além disso, a capital gaúcha, Porto Alegre, aparece na quinta colocação entre os municípios. Os dados fazem parte do Atlas da Inovação, e se somam a outros rankings e pesquisas que ressaltam o potencial inovador do Estado.
Conforme o levantamento realizado pela Rede de Observatórios do Sistema Indústria e pelo Observatório Nacional da Indústria, o Rio Grande do Sul conta com 10% do total de ativos em ciência e inovação do país. Ativos são todos os elementos tangíveis e intangíveis que contribuem para o avanço do conhecimento científico e tecnológico, incluindo startups, laboratórios, incubadoras, patentes e centros de pesquisa.
São Paulo está na liderança, com 27,6%. Minas Gerais (9,6%), Paraná (9%) e Rio de Janeiro (8,3%) completam os cinco primeiros. Entre as cidades, Porto Alegre tem 2,7% do total de ativos e aparece atrás de São Paulo (11%), Rio de Janeiro (6%), Curitiba (4,2%) e Belo Horizonte (3,1%).
INOVAÇÃO
A Rede de Observatórios do Sistema Indústria e o Observatório Nacional da Indústria mapearam quais são os estados com mais ativos em ciência e inovação do país e quais os principais setores. No estudo, mais de 140 mil ativos foram incluídos. A categoria patentes lidera a corrida tecnológica brasileira, com mais de 48 mil registros. Em seguida, vêm grupos de pesquisa e laboratórios. Os principais setores são tecnologia da informação e comunicação, energia e saúde.
O Atlas também apresenta o número de empresas com potencial inovador no país, incluindo startups, empresas beneficiadas com a Lei do Bem, empresas com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para inovação, empresas beneficiadas com financiamento não reembolsável e empresas residentes em parques tecnológicos. O Rio Grande do Sul ocupa o segundo lugar do ranking com 1.202 empresas (13%), atrás apenas de São Paulo (38,7%).
“Trata-se de um trabalho de levantamento e compilação de informações bastante minucioso que certamente será útil para apoiar a tomada de decisão de gestores públicos e privados. Os resultados observados para o Rio Grande do Sul, que figura em segundo lugar no volume de ativos, atrás apenas de São Paulo, reitera, em consonância com outros índices e estatísticas, a pujança do ecossistema de inovação gaúcho, que será protagonista nesse momento de recuperação econômica, social e ambiental do Estado”, pontuou o diretor de Conhecimento para Inovação, Ciência e Tecnologia da Sict, Diego Moraes.