A população com rendimentos de até três salários mínimos e a de três a cinco salários mínimos tiveram redução do endividamento, de 0,3 ponto percentual e 0,5 ponto percentual, respectivamente, encerrando o mês em 81% e 79,6% de endividados. É o que revela a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em sua Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
No entanto, houve aumento da inadimplência dessa população, de 0,3 ponto percentual e 0,9 ponto percentual , totalizando 36,8% e 27,1%. Também foram essas famílias entre as quais cresceu o percentual que não tem condições de pagar as dívidas atrasadas: 17,4% das com renda até três salários mínimos (aumento de 0,4ponto percentual ) e 10% das que ganham entre três e cinco salários (incremento de 0,2 ponto percentual ).
ENCHENTES NO SUL
Com as enchentes enfrentadas pelo Rio Grande do Sul, as famílias gaúchas continuaram precisando se endividar mais para ajustar seus orçamentos, alcançando o maior nível de endividamento desde outubro de 2023, aos 91,2%. Assim, julho terminou com 38% das famílias inadimplentes, maior índice desde janeiro deste ano, e 3,3% de consumidores sem condições para pagar essas dívidas, o mais alto percentual desde agosto de 2021.
As dificuldades de reestruturação do comércio e do mercado de trabalho, sentidas pela população do Rio Grande do Sul, aparecem na apuração da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), também realizadas pela CNC.