A prefeitura de Gramado divulgou no final de semana um novo mapa delineando o diagnóstico da situação das residências do Loteamento Orlandi, no bairro Várzea Grande. O local precisou ser evacuado totalmente ainda na primeira semana de maio após a movimentação de massa e deslizamento de terras provocado pelo excesso de chuvas, que causou rachaduras em ruas e danos estruturais nas edificações. Entretanto, diante das intervenções realizadas há 60 dias no local, nesta semana, foi possível o retorno imediato de 37 famílias para suas residências. Outras 19 moradias, seguem em zonas de risco moderado (7 casas) e em áreas que apresentam ainda risco elevado (12 casas).
De acordo com a Prefeitura, as casas que se encontram nas áreas de risco moderado serão liberadas após a instalação de equipamentos de monitoramento e estabilização que serão implementadas por empresa especializada em geotecnia, contratada pelo Executivo, a BSE Engenharia. A expectativa é que estas famílias possam retornar para seus lares em um período de duas a três semanas. A secretária de Meio Ambiente de Gramado, Cristiane Bandeira, disse que as casas em amarelo precisavam de vistoria, verificando a situação de cada uma delas.
“Agora serão inseridos os pinos de monitoramento em cada uma das residências e para avaliar o quanto elas podem movimentar depois de realizada a instalação dos poços e também dos drenos horizontais profundos (DHP). Já as residências que se encontram na área vermelha, estas estão na linha onde houve o rompimento do solo. Estas famílias tendem a aguardar um tempo maior porque as casas precisam seguir no monitoramento e diagnóstico em relação a instalação dos poços, que tem condições de uma profundidade maior para drenagem das águas do loteamento.”
Para as famílias que possuem casas na área de risco elevado, ainda não há prazo definido de retorno, pois necessitam de estudos mais aprofundados de monitoramento, avaliação e estabilização para que os proprietários possam retornar com segurança e fazer a reforma ou a reconstrução dos imóveis. A secretária explica que diante do que aconteceu no loteamento, em decorrência dos eventos climáticos, o Município entendeu a importância de ter bons especialistas estudando não só o solo, mas toda a parte da geotecnia e da formação de relevo de Gramado.
“E, principalmente que após a instrumentalização, das valas de drenagem, toda a parte de topografia e de outros tipos de monitoramento, a gente sai de um cenário que era super crítico, de perda do loteamento, para o momento de ter salvo o local e a maior parte das edificações das pessoas, pois conseguimos entender o fenômeno ocasionado pelo volume excessivo de chuvas.” A prefeitura informou ainda que entre foram investidos R$ 900 mil em materiais e locação de equipamentos e outros R$ 872 mil na contratação da empresa.