Eleições 2024: Convenções confirmam candidatos em Porto Alegre e escancaram racha em federação

Além disso, semana deverá ser de definições na disputa pela Capital gaúcha

Foto: Alex Rocha/PMPA

O fim de semana foi marcado pela realização de uma série de convenções partidárias, mas a definição de todas as peças do mapa eleitoral da disputa pela prefeitura de Porto Alegre ainda depende de negociações ao longo desta semana e de confirmações em encontros que estão marcados para os próximos dias, às vésperas do fim do prazo, em 5 de agosto.

Foram confirmadas as candidaturas do prefeito Sebastião Melo (MDB) e Betina Worm (PL), e de Maria do Rosário (PT) e Thamyres Filgueira (PSol). As duas chapas despontam na polarização desenhada na Capital, enquanto candidaturas alternativas articulam alianças para se viabilizar.

São os casos de Juliana Brizola (PDT), Thiago Duarte (União Brasil), mas, especialmente, do PSDB, partido do governador Eduardo Leite, que faz movimento arriscado visando o lançamento de Nelson Marchezan Júnior. O ex-prefeito enfrenta resistências de colegas de partidos e também de eventuais aliados, essenciais para ampliar o tempo dos programas eleitorais de rádio e TV.

Racha na federação Cidadania e PSDB

Mais do que os atos oficiais do último sábado, devem ser observados movimentos paralelos de lideranças de partidos como o Cidadania, que está em federação com o PSDB. Tucanos haviam sido avisados de que pré-candidatos proporcionais do Cidadania estariam presentes na convenção de Melo.

O esperado não apenas se confirmou, mas foi além, com a presença também da deputada federal Any Ortiz, uma das principais representações do Cidadania. Na luta para manter a estratégia de ter um candidato para chamar de seu e garantir palanque às ações do governo Leite na briga pelo Paço Municipal, dirigentes estaduais tucanos estão realizando movimentos erráticos que levaram a um racha interno no PSDB e a uma crise com o Cidadania, que claramente vem sendo menosprezado nas articulações. A

A convenção do PSDB está marcada para o dia 4, próximo domingo, e pode se tornar um evento controverso, esvaziado e uma vitrine do evidente racha interno e da patente crise com o Cidadania.