A prefeitura de Porto Alegre começou nesta semana a instalação de rampas de transição em três pontos das ciclofaixas nas margens do Arroio Dilúvio. O objetivo é permitir a utilização da estrutura em trechos afetados pelo deslizamento dos taludes que sustentam a avenida Ipiranga.
Enquanto os reparos das avarias não ocorrerem, somente nestes pontos, os ciclistas poderão trafegar em uma das faixas destinadas a veículos automotores (a faixa da esquerda em cada sentido de fluxo). Nos locais onde a alternância será possível, além do rebaixamento para saída e reingresso na ciclovia, haverá demarcação de solo e a instalação de outros recursos de sinalização, uma vez que o uso da via será compartilhado com os automóveis.
Os desvios serão promovidos em pontos entre as ruas Gomes Jardim e Ramiro Barcelos, no sentido centro/bairro, próximo ao cruzamento da Ipiranga com a rua São Manoel (centro/bairro) e próximo ao cruzamento da Ipiranga com a rua Silva Só (bairro/centro). A previsão é que o serviço esteja concluído em até 30 dias, conforme a Secretaria de Serviços Urbanos (SMSUrb), contudo, o cronograma poderá ser alterado em razão das condições climáticas.
O secretário de mobilidade urbana da Capital, Adão de Castro Júnior, explicou o funcionamento dos desvios e garantiu que a medida permitirá a retomada da ciclovia de forma segura, referindo-se ao risco de novas quedas de taludes.
“Serão rampas de descida e de subida, vai ter sinalização. A intenção é primar pela segurança dos ciclistas e dos demais usuários do trânsito, que são os condutores de veículos automotores e também os pedestres”.
Ainda segundo o secretário Adão de Castro Júnior, as interrupções na ciclovia da Ipiranga devem seguir em dias de chuva, mesmo com as reformas. “Sempre que chover forte nós vamos fazer um anúncio do fechamento. Isso é importante porque nesse protocolo de segurança a gente vai primar por todos”, garantiu.
Saiba mais:
Construída sobre as margens do Arroio Dilúvio, a ciclovia de 9,4 quilômetros sofre, desde a sua inauguração, em 2020, com a erosão dos taludes que sustentam a avenida Ipiranga.
Frequentes desmoronamentos forçam a interrupção do traçado, e desde então o município opera um protocolo de segurança que impõe o fechamento de toda a extensão das ciclofaixas sempre que um alerta climático é emitido pela Defesa Civil.
Com a adoção dos três desvios, os ciclistas poderão utilizar 5,9 quilômetros da ciclovia, o que representa 60% da extensão total do espaço.