Professores e alunos da Ufrgs produzem material didático para escolas atingidas pelas enchentes

Escolas públicas vão receber kits didáticos em agosto para ajudar a recompor parte do que foi perdido

Foto: Divulgação

Solidariedade e criatividade. Essa é a mistura utilizada por um grupo de professores e estudantes da faculdade de pedagogia da Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), que vai auxiliar no processo de alfabetização com os materiais para escolas de ensino infantil e anos iniciais do ensino fundamental afetadas pelas enchentes. Tudo preparado com muito amor e carinho, conforme a coordenadora do projeto Didacoteca. Sandra dos Santos Andrade, professora da Faculdade de Educação da UFGRS, conta que a iniciativa partiu do grupo que se uniu em meio à calamidade para ajudar quem mais precisa.

“Pensamos o que poderíamos fazer para ajudar as escolas e surgiu a ideia da campanha de doação e da produção dos materiais. Recebemos recursos de diferentes estados e a união do país nos ajudou a contribuir um pouco com as perdas das escolas.”

Não é à toa que o grupo está empenhado em ajudar um grande número de instituições. Nesta quarta-feira (24), um espaço na Faced foi reservado para que fossem entregues itens escolares e brinquedos educativos para 19 escolas que de inscreveram para receber os materiais. Essas, são as mesmas instituições que vão receber, em agosto, kits didáticos de alfabetização e de matemática que estão sendo produzidos pelo grupo. A escola Presidente João Belchior Marquês Goulart, localizada no bairro Sarandi, zona norte da  capital, foi uma das atingidas pelas cheias de maio. Todo o primeiro andar da instituição foi ficou destruído pela água.

Computadores e livros foram perdidos impedindo que os alunos retornassem às aulas. Com a ajuda do projeto Didacoteca, parte do que foi inutilizada será substituída com os kits didáticos. A professora Marina Sauva esteve na feira de doações para levar brinquedos e livros arrecadados para recompor os materiais da escola.

“Poder pegar um pouquinho do que foi arrecadado é muito bacana para dar esse suporte para os alunos. Vamos poder ter de novo o ambiente acolhedor da sala de aula pós enchente.”

Os alunos fazem a produção manual, com instrumentos de cortes e plastificação, em um espaço da Faced com ajuda de materiais doados e com recursos de outros estados. A  coordenadora do projeto destacou que a solidariedade tomou conta do coração dos estudantes com a satisfação de estar colaborando com as escolas atingidas.

“Estamos muito emocionados de estar acolhendo e ajudando essas escolas públicas. Estamos contribuindo com a retomada das escolas  e cumprindo com a nossa função da faculdade de educação.”