Com cerca de 80% das solicitações feitas por mulheres, com idade entre 18 e 44 anos, 3.400 pessoas estão na fila de espera para realização de cirurgia bariátrica, em Porto Alegre. Segundo a Diretora-geral de Regulação Ambulatorial da Secretaria Municipal de Saúde, a redução de estômago, como é conhecida, é indicada para casos em que o paciente apresenta Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 ou a partir de 35, quando associado a doenças preexistentes, como histórico de doenças cardiovasculares, no sistema ósseo muscular e diabetes.
De acordo com Denise Tesseler Soltof, para bariátricas, via SUS, a capacidade é para 25 consultas mensais, distribuídas para atendimento no Hospital de Clínicas, Hospital Conceição e Hospital da PUC RS. Segundo a especialista, para suprir a demanda, o ideal é que cerca de 300 consultas fossem realizadas por mês, mas que devido ao valor destinado pelo Sistema Único de Saúde, que é de R$ 6 mil para cada processo cirúrgico do segmento, não é possível ampliar o quadro.
De acordo a Diretora-geral, dependendo do histórico e do parecer de cada paciente, os gastos ultrapassam o valor, já que uma série de fatores precisam ser considerados. Entre eles, a apresentação de doenças preexistentes, além de restrições alimentares e ainda questões psicológicas.
Em relação à fila de espera no Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde informou que à pasta compete regular o acesso à consulta especializada, e que a demanda interna dos prestadores é de incumbência dos mesmos, por isso, não é possível apontar uma estimativa.