Após meses de recuperação, a indústria de transformação apresentou queda generalizada em maio. Segundo a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), empresários registraram recuo em cinco de seis indicadores. Houve queda em horas trabalhadas na produção, faturamento real, rendimento médio, massa salarial e nível de utilização da capacidade instalada. Apenas o indicador de emprego permaneceu estável de abril para maio.
“Além da pesquisa apresentar as consequências das enchentes no Rio Grande do Sul em maio, a queda dos indicadores em maio também foi influenciada pelo recuo do setor automotivo, que passou por graves de trabalhadores e interrupção da produção em outras regiões do país no mesmo período”, explica a economista da CNI, Larissa Nocko.
Apesar dos recuos, a indústria de transformação ainda está em uma situação melhor quando comparada com o mesmo período de 2023.
FATURAMENTO E HORAS TRABALHADAS
O faturamento real da indústria de transformação recuou 3,8% na passagem de abril para maio, na série livre de efeitos sazonais. Na comparação do acumulado no ano – de janeiro a maio de 2024 contra o mesmo período de 2023 – houve aumento de 1,2%. O número de horas trabalhadas na indústria de transformação também caiu: 2,3% de abril para maio. Mesmo com a queda, ao comparar o acumulado do ano, houve crescimento de 2,6%.
A massa salarial da indústria de transformação caiu 1,5% na série livre de efeitos sazonais. Em comparação com o acumulado de 2024 contra o mesmo período de 2023, houve crescimento de 4,4%
O rendimento médio dos trabalhadores da indústria de transformação recuou 1,2% na série livre de efeitos sazonais. Na comparação de janeiro a maio de 2024 contra o mesmo. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 78,7% em maio de 2024, após queda de 0,4 ponto percentual na comparação com abril, na série dessazonalizada. Na comparação com maio de 2023, o indicador apresentou estabilidade, com queda de 0,1 ponto percentual.