A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira uma operação contra o tráfico drogas e a lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul. A ofensiva, chamada Leviatã, mira uma organização suspeita de movimentar mais de R$ 25 milhões com o comércio de maconha. Em dois meses, o grupo teria transportado nove toneladas da droga. Cinquenta e três pessoas já foram presas
A operação de hoje deve cumprir 281 medidas cautelares, entre prisões, mandados de busca e apreensão e sequestro de bens.
A investigação começou a partir da apreensão de 1,8 tonelada de maconha em um estabelecimento comercial. Os investigadores descobriram que o local era frequentado por foragidos do sistema prisional.
Conforme a Polícia Civil, as investigações só aumentaram a partir da apreensão. Ao apertar o cerco, os policiais civis perceberam que o grupo era muito articulado, a ponto de usar somente apelidos em diálogos telefônicos. A ideia era dificultar a identificação.
Além disso, havia orientações no sentido de apagar mensagens enviadas pelo celular de forma periódica. Os chips utilizados nos aparelhos eram quebrados. Em diversas ocasiões, o líder também orienta ao grupo passar um detector de rastreadores, popularmente chamado de “raquete”, nos veículos utilizados para o transporte de drogas.
O grupo também realizava uma troca periódica dos veículos, a fim de dificultar a identificação e abordagem por parte das forças de Segurança Pública. Ao perguntar para um integrante do grupo sobre as características dos veículos que deveriam ser comprados para o transporte de entorpecentes, o interlocutor desta liderança responde que os carros precisam ser “fortes”, pois, caso haja uma tentativa de abordagem, os transportadores não parariam, denotando uma clara intenção de resistir a prisão.