Paulo Pimenta projeta mais 90 dias para “soluções necessárias” ao Rio Grande do Sul

Em visita ao Correio do Povo, ministro afirmou que há agilidade na liberação de recursos, mas que há tramitações necessárias e vinculou queixas à falta de informação

Ministro Paulo Pimenta esteve no prédio do Correio do Povo e da Rádio Guaíba, em Porto Alegre | Foto: Ricardo Giusti/CP

O ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, estabeleceu, na manhã desta segunda-feira, um prazo de até 90 dias para que as soluções necessárias ao Estado, em diferentes áreas, estejam todas devidamente encaminhadas.

“Nós precisamos de um prazo de mais 90 dias. Para estar com todos os convênios assinados. Não dá para passar disto. Das escolas, unidades de saúde, precisamos resolver a questão das casas. Não significa que todas as casas vão estar prontas, mas precisa estar encaminhado. Em até 45 dias, por exemplo, saberemos quais as empresas acessaram crédito. É uma fase mais aguda.” O prazo estabelecido pelo ministro, caso se confirme, vai coincidir com a véspera da realização do primeiro turno das eleições municipais de 2024.

Sobre a recorrência de queixas de prefeituras e entidades empresariais a respeito de demora na liberação ou insuficiência de recursos federais, o ministro destacou a necessidade da apresentação de planos de trabalho. “As obras, os pagamentos iniciais, são feitos na hora da contratação. E, para ser contratada, é necessário que exista um projeto. Como você vai transferir recursos sem um projeto básico? E esse projeto, ele tem etapas. Tem todo um trâmite que, inclusive, não é do governo federal. Trata-se de dinheiro público. Então, por mais simplificado que seja o processo, são necessários cuidados”, avaliou.

Ele ressalvou que, mesmo assim, considera que a liberação de recursos tem sido rápida. E rechaçou a existência de disputas políticas por trás das cobranças. “De nossa parte não há qualquer iniciativa no sentido de estabelecer uma disputa de narrativas, seja com o governo do Estado ou as prefeituras. Acho que é mais desinformação.”

As declarações foram feitas durante visita do ministro ao prédio do Correio do Povo, localizado na rua Caldas Júnior, no Centro Histórico, e que está entre as construções atingidas pelas águas no início de maio.

“Muito da história do RS, da memória, aconteceu dentro deste prédio. Tem todo um significado. Quando a gente vê o Estúdio Cristal, muitas coisas aconteceram aqui. É uma das nossas prioridades, auxiliar as empresas do nosso Estado.”