Guaíba voltará a subir com a chegada do vento Sul na Lagoa dos Patos, diz MetSul

Elevação no começo desta semana deve acentuar alagamentos nas ilhas do bairro Arquipélago, em Porto Alegre

Na última semana, moradores de alguns trechos da Ilha da Pintada voltaram a usar barco para se locomover | Foto: Mauro Schaefer

O nível Guaíba segue alto e pouco mudou, mas a tendência é de elevação no começo desta semana por um episódio de vento do quadrante Sul sobre a Lagoa dos Patos que favorecerá o represamento do escoamento das águas. Uma massa de ar frio vai ingressar no começo da semana no Rio Grande do Sul e sua influência será maior na Metade Sul do Estado com queda acentuada da temperatura e rotação do vento para Sul.

O vento vai virar para o Sul no Norte da Lagoa dos Patos a partir do final desto domingo e vai se manter de Sul ainda durante a segunda-feira e parte da terça-feira. De acordo com a MetSul Meteorologia, a intensidade do vento sobre a lagoa será moderada e por vezes forte com rajadas acima de 50 km/h. Com isso, haverá o represamento das águas e uma consequente elevação do nível do Guaíba, que se manterá alto no decorrer da semana com alagamentos em parte das ilhas da Capital.

O vento costuma aumentar o Guaíba em cerca de 20 cm a 40 cm. O nível do Guaíba está em 3,22 metros. O volume, entretanto, está muitíssimo abaixo do pico de mais de 5 metros da cheia do começo de maio. O aumento do nível do Guaíba decorreu no momento inicial, entre segunda e terça-feira, da chegada da vazão do Rio Taquari, que passou dos 24 metros em Estrela na noite da segunda-feira.

Com a diminuição da vazão do Taquari, o Guaíba parou de subir forte. O nível, entretanto, segue elevado porque a vazão do Jacuí, Sinos, Gravataí e Sinos que chega no Guaíba permanece elevada. O nível do Jacuí estava em 10,30 metros no começo da manhã de sábado na régua da cidade de Rio Pardo.

Choveu forte na sexta-feira na parte intermediária da bacia com acumulados acima de 50 mm no Centro do Estado. Já o Rio dos Sinos, em São Leopoldo, encontra-se estabilizado. O risco maior é para as ilhas, que já voltam a sofrer com alagamentos.