O acumulado de chuva foi de 71 milímetros, até o início da manhã desta quarta-feira, em Nova Santa Rita, na região Metropolitana. O Rio Caí ultrapassou a cota de inundação, que é de 5,2 metros, e começa a invadir residências. Dois locais registram alagamentos, sendo os bairros Porto da Figueira e Morretes.
Ao todo 95 pessoas estão abrigadas no Centro Humanitário da prefeitura, localizado na rua Porto da Farinha, no bairro Caju. O pavilhão soma 30 quartos, cozinha, lavanderia, banheiros e área para animais domesticados.
Além dos desabrigados, há ainda cerca de 50 moradores desalojados. Eles estão na casa de amigos ou de familiares.
No bairro Morretes, o entorno da Rua da Prainha é o local mais afetado. A água invade o interior das residências, inunda pátios e há trechos intransitáveis. Ali, os patos aproveitam o alagamento para nadar em pontos da via.
O pescador João Carvalho de Deus, de 73 anos, monitora a inundação e avalia sair de casa. Ele conta que, por causa da poluição da água, não consegue pescar desde o início de maio.
“A correnteza trouxe lixo e carcaças de animais mortos para a região. Isso nos impede de trabalhar. O setor pesqueiro de Novo Santa Rita está parado e não tem previsão para retomar as atividades”, lamenta o pescador.
O prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella destaca que, assim como no bairro Morretes, a maioria dos moradores do Porto da Figueira foram retirados da área antes da inundação. A retirada é parte de ação preventiva que ocorre desde segunda-feira, contando com auxílio de um caminhão para transportar as pessoas rumo ao Centro Humanitário.
Ainda de acordo com Rodrigo Battistella, a gestão elaborou um projeto de transferência da população que mora em áreas alagadas para residências no centro da cidade. A iniciativa deverá contar com recursos do governo federal.
“Vamos construir dois complexos habitacionais em Nova Santa Rita. Um deles será composto por apartamentos e outro, por casas. Ambos vão ser instalados na área central da cidade, onde não há risco de inundações”, disse o prefeito.