As concessionárias de veículos do Rio Grande do Sul estimam que as cheias no estado tenham envolvido estragos em 200 mil veículos, o que representa um prejuízo aproximado de R$ 1,5 bilhão. Desse total, mil veículos eram zero quilômetro, num prejuízo projetado de até R$ 250 milhões. Os dados são do Sincodiv/Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) para quem a recuperação dos veículos depende muito da quantidade de água que os atingiu e do tempo que permaneceram submersos.
“Alguns veículos com baixa tecnologia podem ser recuperados, mas a grande maioria possui mais componentes tecnológicos, tornando a recuperação mais difícil. Esses veículos terão perda total, decretada pelas seguradoras ou pelas concessionárias”, diz Jeferson Furstenau, presidente do sindicato. Segundo o dirigente, os veículos que não puderem ser recuperados serão leiloados pelas seguradoras ou pelas próprias concessionárias, ou serão desmontados e usados para fornecimento de peças por algumas montadoras, dependendo da montadora.
RECUPERAÇÃO
Segundo ele, o mercado nacional apresentou um resultado de vendas negativo até a semana passada, em parte devido à falta de participação nas vendas do Rio Grande do Sul. Tradicionalmente, o setor comercializa 15 mil veículos por mês, mas até 6 de maio, quando houve a paralisação do DETRAN RS, foram contabilizados apenas 749 veículos emplacados. “Com o retorno do sistema do DETRAN RS, esperamos recuperar. Entretanto, neste momento, estimamos uma perda acima de 30% no mercado”, diz o dirigente.
O SINCODIV/FENABRAVE-RS, entidades representativas do setor, conta com 720 concessionárias no RS, das quais 300 foram atingidas pelas inundações. A rede emprega diretamente cerca de 18 mil colaboradores, estimando que 6 mil famílias que atuam na rede tenham sido afetadas.
