O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 6,4 pontos em maio, para 112,9 pontos, maior nível desde março de 2023 (116,7 pontos). A forte alta leva o indicador de volta a um patamar desfavorável após 11 meses oscilando abaixo ou no entorno dos 110 pontos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
“Uma análise de nuvem de palavras contidas nos textos que foram identificados como sinalizadores de incerteza econômica mostra um forte aumento no mês de citações ao Rio Grande do Sul, sugerindo um aumento de incertezas relacionadas ao desastre ambiental na região. Ainda, a alta do mês foi influenciada por incertezas macroeconômicas no front da inflação e no percurso da taxa de juros nos próximos meses do ano e pelas incertezas externas relacionadas ao quadro mais desfavorável da economia internacional. Diante de tantos desafios, é possível que o indicador apresente dificuldades em retornar rapidamente a patamares mais confortáveis, como vinha registrando há quase um ano”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
O componente de Mídia subiu 4,4 pontos, para 114,2 pontos, maior nível desde março do ano passado (117,1 pontos), contribuindo com 3,8 pontos para a evolução do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 11,5 pontos, para 102,3 pontos, voltando a superar os 100 pontos, algo que não ocorria desde outubro do ano passado, quando marcara 103,1 pontos. O componente de Expectativas contribui com 2,6 pontos para o IIE-Br.