A bomba flutuante fez a água recuar em parte do bairro Humaitá, na zona Norte de Porto Alegre. Há pontos inundados que ainda impedem a volta para casa, como no entorno da Arena do Grêmio, mas, nas áreas que aos poucos voltam a ser habitáveis, o obstáculo é o acúmulo de entulhos.
O fluxo de veículos é crescente na avenida A.J Renner. Na esquina com a rua Graciano Camozzato, o alagamento chega na altura do joelho e impede o tráfego de veículos rebaixados.
Pilhas de lixo são uma constante, com acumulação nos dois lados de quase todas as calçadas. A maior parte são móveis inutilizados pela água que invadiu o interior das residências.
O aposentado Osvaldo Costa Pimentel, de 67 anos, descartava pertences da casa onde mora, na rua 2001. Ele retornou ao local, onde dorme no segundo andar do imóvel, após ter ficado por mais de duas semanas em um abrigo.
“Perdi tudo que estava no primeiro andar de casa. Agora a água baixou, mas deixou o mau cheiro e o lixo. Preciso descartar sofás, cadeiras e mesas. Vou tentar recomeçar do zero”, disse o aposentado.