O nível do Guaíba deve se manter em redução após atingir a marca abaixo dos 4 metros, segundo o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufrgs (IPH). Os cenários de previsão indicam recessão da cheia, com níveis ainda elevados, mas em declínio lento nos próximos dias em resultado dos volumes afluentes dos rios pelas chuvas da semana passada. Oscilações poderão ocorrer em função da entrada dos ventos, elevando os níveis temporariamente durante o processo de descida.
O Guaíba apresentava níveis elevados nesta manhã, em torno de 3,95m. O pico registrado até o momento ocorreu no dia 5, marcando 5,35m. Na semana passada, apresentou uma redução lenta, com episódios de represamento de 10 cm pelo vento sul, e estabilizou depois de quarta-feira, com pequenas variações devido a ventos e a chuva forte na região metropolitana de Porto Alegre.
Na sexta, o nível teve uma subida expressiva de mais de 40 cm até 4,32m por efeito do vento sul forte, mantendo-se represado no final de semana e reduzindo 15cm nas últimas 24h pelo fim do vento sul.
Segundo o IPH, a principal preocupação do momento é como será a descida, duração e variação em níveis elevados devido ao efeito dos ventos e em resposta à chuva ocorrida na bacia.
Após o repique da semana retrasada, os rios afluentes ao Guaíba apresentavam redução dos níveis, sendo os baixos Taquari e Caí já em recessão em níveis moderados a baixos, e Sinos e Jacuí elevados a moderados com redução lenta. Não houve precipitação significativa no dia anterior.
Contudo, durante a semana passada foi registrado um elevado acumulado de chuva em grande parte do RS (mais de 100 mm em muitos casos), principalmente na quinta-feira, na bacia do Guaíba. Esta chuva causou nova elevação significativa em todos os rios afluentes e ainda em andamento nos rios Jacuí e Sinos e em redução no Taquari e Caí.