Ainda não é possível calcular a extensão dos danos e perdas de capital das indústrias prejudicadas pelas inundações no Rio Grande do Sul, nem mesmo o número de fábricas que sofreram abalos diretos às suas instalações. Porém, de acordo com o último estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), em 13 de maio, amparado no número de municípios atingidos de alguma forma – seja por alagamentos, deslizamentos ou problemas logísticos -, 94% da atividade econômica do Estado foi afetada, em localidades onde estão instaladas 95% das indústrias gaúchas. Esses percentuais foram calculados tendo como base a lista de 447 municípios divulgada pela Defesa Civil na semana passada. Mas, conforme o boletim mais recente, do último domingo (19), o número de municípios considerados atingidos aumentou para 463 (93% do total existentes no RS).
Isso não significa que toda a atividade econômica desses municípios foi afetada diretamente, mas todos tiveram algum impacto por conta dos problemas de logística. Na última semana, um decreto estadual separou os municípios considerados em calamidade pública daqueles que estão em situação de emergência.
No primeiro caso, onde o cenário é mais crítico, apareceram 46 cidades, dentre as quais algumas com importantes contribuições para a indústria gaúcha, como Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Montenegro, Santa Cruz do Sul e Rio Grande. Esses oito municípios estão entre os 12 com maiores parcelas do PIB industrial gaúcho, somando juntos 32% da atividade industrial do Estado.