O diretor-presidente da Trensurb, Fernando Marroni, disse que o governo federal emitiu uma medida provisória liberando R$ 186 milhões para a “primeira recuperação do sistema”. Assim como boa parte de Porto Alegre, os trilhos do Trensurb, serviço que liga a cidade à sua região metropolitana, estão submersos em água do Guaíba.
“Nossa expectativa é a de que, tão logo consigamos religar a subestações, possamos operar de Novo Hamburgo até a Mathias Velho”, explicou Marroni. Segundo ele, a parte mais complexa das restaurações será a região central de Porto Alegre. “Não temos noção de quanto vai custar para recuperar as estações Mercado e Rodoviária. Do Aeroporto para a frente vai demorar bastante”, acrescentou ele. Nestes casos, a operação até a Mercado será feita por ônibus.
Cidade provisória para acolher desabrigados
Em relação às declarações do Prefeito Sebastião Melo sobre a possibilidade de criar “cidades provisórias” para atender a população atingida pela enchente, Marroni declarou não concordar com a ideia. “Eu não vejo que as casas que foram alagadas em Porto Alegre tenham sido destruídas, para que se implantem novas residências, ainda que transitórias, em outro ponto. Não entendi esta manifestação do prefeito”, explicou Marroni. “Daqui para frente, novos assentamentos, Minha Casa Minha Vida e condomínios em áreas de risco acho que não devemos mais fazer. Aquela zona do Humaitá era um banhado antigamente, é uma área de risco e se mostrou assim nos eventos de setembro, novembro e agora. E os terrenos de nossos pátios são operacionais, inclusive prevendo a expansão que se quer fazer para Alvorada”, rebateu Fernando Marroni.
